Realizamos,neste mês de novembro, diferentes atividades relacionadas ao PROJETO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA. O projeto teve como público-alvo o ensino fundamental,o ensino normal e o EJA, atendendo, também, a toda a comunidade escolar. Todas as disciplinas se envolveram, como veremos a seguir:
Ensino Jovens e Adultos
Desfile Beleza Negra Mirim - Meninas
Desfile Beleza Negra Mirim - Meninos
Desfile - Alunos do Ensino Normal
Palestra para os alunos
OFICINAS
PRODUÇÃO DE MAQUETES
POESIA, MÚSICA, DANÇA E ALEGRIA...
O INSTITUTO DE EDUCAÇÃO INOCÊNCIO DE ANDRADE em seu blog busca a interação de seus alunos com outras unidades de ensino e a divulgação de suas atividades.
domingo, 29 de novembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
25 de novembro - Dia Nacional do Doador de Sangue
Doação de sangue
Ninguém está livre de precisar de uma transfusão de sangue. Ninguém está livre de sofrer um acidente, de passar por uma cirurgia ou por um procedimento médico em que a transfusão seja absolutamente indispensável.
Como não existe sangue sintético produzido em laboratórios, quem precisa de transfusão tem de contar com a boa vontade de doadores, uma vez que nada substitui o sangue verdadeiro retirado das veias de outro ser humano.
Todos sabemos que é importante doar sangue. Mas, quando chega a nossa vez, sempre encontramos uma desculpa – Hoje está frio ou não estou disposto; nesses últimos dias tenho trabalhado muito e ando cansado; será que esse sangue não me vai fazer falta... - e vamos adiando a doação que poderia salvar a vida de uma pessoa.
Sempre é bom frisar que o sangue doado não faz a menor falta para o doador. Conseqüentemente, nada justifica que as pessoas deixem de doá-lo. O processo é simples, rápido e seguro.
Mensagem da Dra. Maria Angélica Soares, médica, coordenadora do Hemocentro do Hospital São Paulo da UNIFESP, Universidade Federal do Estado de São Paulo.
PRÉ-REQUISITOS PARA DOAÇÃO
Drauzio – Como é feita a doação?
M. Angélica Soares - A pessoa precisa levar um documento de identificação e preencher um cadastro. Depois, faz um teste para ver se está com anemia. Basta um furinho no dedo para determinar o hematócrito (quantidade de hemácias no volume total de sangue) e saber se está em condições de doar sangue. Às vezes, não está anêmica, mas o meio litro de sangue que será retirado poderá fazer-lhe falta. Em seguida, mede-se a pressão arterial, o pulso e a temperatura.
O próximo passo é uma entrevista chamada triagem clínica cuja finalidade é avaliar os antecedentes patológicos e os possíveis fatores de risco daquele candidato à doação. Essa entrevista é baseada numa portaria, numa legislação que rege a doação de sangue no Brasil. Não é um interrogatório para investigar a vida das pessoas. São perguntas para proteger quem está doando e para conscientizar o doador de que a pessoa que vai receber o sangue precisa ficar bem e não ter problemas depois.
É importante lembrar que, apesar de feita a sorologia (testes para as doenças infecciosas), existem ainda doenças, como certos tipos de hepatite, para as quais não há triagem e que podem representar risco para o receptor. Há, ainda, janelas imunológicas –o teste demora algum tempo depois da infecção para ficar alterado – que precisam ser respeitadas, por menores que sejam elas.
No Brasil, existe ainda um procedimento que se chama auto-exclusão. A pessoa passou pela entrevista e vai doar o sangue. Se não conseguiu ou não quis ser totalmente sincera na entrevista e achar que seu sangue não deve ser utilizado para transfusão porque oferece algum risco, tem a oportunidade de fazê-lo de maneira sigilosa naquele momento. Basta assinalar num papel ou registrar eletronicamente que aquela bolsa deve ser excluída. É uma oportunidade que a pessoa tem de voltar atrás sem se expor ao profissional que a está entrevistando.
Drauzio – Quanto tempo toma essa entrevista?
M. Angélica Soares – Uns cinco minutos. O pessoal é treinado e as perguntas são objetivas. É sim ou não. Algumas situações impedem a doação só naquele momento. Eventualmente uma vacina ou medicação. Nesse caso, a pessoa é convidada a voltar dias mais tarde.
Drauzio – Muita gente se recusa a doar sangue porque acha que lhes fará falta o meio litro que será tirado. O que representa esse meio litro no volume total de sangue que circula pelo organismo?
M. Angélica Soares – Uma das exigências para a doação de sangue é o doador pesar pelo menos 50kg, porque está estabelecido que se pode retirar no máximo 9ml de sangue por quilo de peso. Portanto, com 50kg, ele pode doar uma bolsa com 450ml sem nenhuma repercussão negativa para o organismo.
Observe, por exemplo, o que acontece com as plaquetas, elementos sangüíneos importantes para a coagulação. Elas funcionam como tampões iniciais quando ocorre um sangramento. É como se um dique tivesse arrebentado e fossem colocadas pedras para conter a água. As plaquetas são repostas imediatamente na circulação, porque o baço é um reservatório enorme de plaquetas. São repostas tão depressa que há procedimentos para coletar apenas as plaquetas do sangue de uma pessoa. A mesma coisa acontece com a reposição dos glóbulos vermelhos que se recompõem num curto espaço de tempo.
Por isso, ninguém chega e vai diretamente doar sangue. Na triagem inicial, são observados critérios excludentes como peso, pressão arterial, hematócritos para identificar casos de anemia.
Drauzio – Qual é o volume médio de sangue que uma pessoa tem no corpo?
M. Angélica Soares – De quatro a cinco litros de sangue aproximadamente.
Drauzio – Na verdade, vocês só colhem um décimo do volume de sangue existente…
M. Angélica Soares – Exatamente.
Drauzio – Quais são as pessoas que não podem e não devem doar sangue?
M. Angélica Soares – A lista não é pequena. Não podem doar sangue pessoas:
1) que tiveram hepatite depois dos 10 anos de idade. Antes dessa idade, a doença não é empecilho porque provavelmente se trata de hepatite A, cujo vírus é eliminado por completo do organismo;
2) que tiveram hepatite B ou C, os portadores do vírus da AIDS ou de alguma doença infecciosa transmitida pelo sangue;
3) com diabetes que usam insulina ou anti-hipoglicemiantes por via oral; mulheres grávidas ou que estão amamentando;
4) com febre, peso abaixo de 50kg, com mais de 65 anos ou que tiveram perda inexplicada de 10% do peso em um mês;
5) com epilepsia ou crises de asma;
6) que tenham se submetido a grandes cirurgias, recebido transfusão, feito tatuagem ou colocado piercing há menos de um ano.
Drauzio – Por que tatuagem e piercing impedem a doação?
M.Angélica Soares – Não é nada contra a tatuagem ou o piercing em si. Infelizmente há casos de transmissão de algumas doenças por esses tipos de procedimentos. Hoje, o prazo é só de um ano, mas chegou a ser de dez anos, porque as técnicas eram por demais artesanais.
Por que um ano agora? Porque esse tempo é suficiente para um teste revelar que houve contaminação pelo vírus da hepatite, por exemplo. A pessoa pode não estar doente, mas o teste ser positivo e o sangue não servir para a doação.
Drauzio – Pessoas hipertensas podem doar sangue?
M. Angélica Soares – Podem, desde que a hipertensão esteja controlada.
Drauzio – Existem alguma outra situação que impeça o indivíduo de doar sangue?
M. Angélica Soares – Pessoas que estão fazendo regimes violentos para emagrecer, com problemas de tireóide ou quadros clínicos graves não devem doar sangue. Cada caso, porém, será discutido e avaliado pelo médico do setor. No entanto, a maioria das pessoas não tem nada, está bem de saúde e, portanto, pode doar sangue sem problema.
É comum sermos consultados se o uso de medicamentos impede a doação. Em si a medicação não funciona como empecilho, mas é preciso saber por que ela está sendo utilizada. Quem está tomando antibiótico não deve doar porque tem uma infecção. Já a aspirina e os antiinflamatórios não interferem. O único cuidado que nós do banco de sangue vamos ter no fracionamento da bolsa é desprezar as plaquetas das pessoas que tomam aspirina porque a ação coagulante não será adequada.
Drauzio – Qual é o intervalo mínimo entre uma doação e outra?
M. Angélica Soares – Para os homens é de dois meses; para as mulheres, três meses e dos 60 até os 65 anos, seis meses.
Importância da doação
Drauzio – Por que é importante doar sangue? Para que serve esse sangue doado?
M. Angélica Soares - As pessoas podem pensar – Por que vou doar sangue se não houve um World Trade Center nem outra catástrofe por aqui?
É preciso doar porque os hospitais grandes onde são tratados todos os tipos de pacientes necessitam de sangue disponível em qualidade e quantidade adequada. Se não houver sangue num hospital, as cirurgias serão canceladas. Pacientes submetidos a cirurgias cardíacas, transplantes de rins, de fígado e de medula óssea entre outras, necessitam muito de sangue e de plaquetas e será enorme o ônus se tais procedimentos forem adiados. Se o doente fizer quimioterapia, por exemplo, e não receber o suporte da transfusão, poderá não superar o tratamento.
As pessoas precisam entender que devem doar sangue não só atendendo ao apelo de que os estoques estão acabando. É preciso pensar que os estoques têm que estar nos níveis adequados para o primeiro atendimento caso aconteça um imprevisto, uma catástrofe (o que eu espero não ocorra nunca).
Sangue não sobra. Ninguém deve imaginar que o tipo de seu sangue é comum e que por isso não precisa doar. Precisa, sim, porque esse sangue vai fazer falta.
Drauzio – O sangue doado tem sempre utilidade.
M. Angélica Soares – No dia seguinte à doação, se os testes forem negativos, ele estará no braço de alguém ajudando a salvar uma vida.
FONTE:http://www.drauziovarella.com.br
domingo, 22 de novembro de 2009
DIVERSIDADE
Diversidade: é importante debater essa questão nas escolas!
Veja como levar o tema para a sala de aula e melhorar a relação na comunidade escolar
Podemos dizer que a identidade é uma construção a partir de traços culturais. Cabe a ela diferenciar os grupos sociais. Em um país como o Brasil, conviver com as diferenças sociais é importante para o funcionamento da sociedade. Nesse contexto, a escola é o espaço onde se encontra a maior diversidade cultural e também o local mais discriminador. Por isso, trabalhar as diferenças é um desafio para o professor, por ele ser o mediador do conhecimento, ou melhor, um facilitador do processo ensino-aprendizagem.
Segundo Ana Leite, mestre em Educação Brasileira pela PUC-Rio e pesquisadora da UNIRIO, uma das maiores dificuldades dos professores é pensar o tema diversidade de maneira multidisciplinar. “A pluralidade cultural marca a vida do Brasil. Pensar e introduzir esse tema nas escolas depende da vontade de gestores e de um processo político-pedagógico que contemple a diversidade. Um grande obstáculo é a formação do professor. Ele não está preparado para isso. É preciso investir em cursos de formação continuada e material de apoio”, afirma Ana.
Ela lembra que os preconceitos são baseados em crenças e estas, por sua vez, são irracionais. “As crenças estão presentes em todas as culturas e estereotipam as pessoas que são alvos dela”, diz a pesquisadora da UNIRIO. Quem nunca estudou com alguém que era alvo de gozação? O problema é que as implicâncias e perseguições deixam marcas que podem acompanhar os alunos pela vida toda. “Temos alunos que são vistos de forma preconceituosa pela cor da pele, outros por terem orientações sexuais minoritárias, inclusive alunos com necessidades especiais”, destaca Ana.
De acordo com pesquisas da Unesco em parceria com a UNIRIO, os alunos que sofrem preconceito muitas vezes se isolam porque não têm a quem recorrer. O rendimento escolar é prejudicado e eles acabam saindo da escola. “As chacotas maculam a autoestima do aluno. O professor não reage porque ele, muitas vezes, acredita que essa função é do psicólogo ou do coordenador escolar. E em casa os jovens não têm diálogo”, acrescenta a mestre em Educação.
Como lidar com a questão?
Para Ana Leite, os alunos não têm o professor como um aliado. Para reverter esse quadro é preciso discutir estratégias para mediar os conflitos. Outra ação é o funcionamento dos grêmios escolares, com o apoio da direção, além da abertura da escola para a comunidade. “O que não pode acontecer é a escola fechar os olhos e adotar a política de avestruz. É importante dar visibilidade a essas questões. Elas são a reprodução do que acontece na comunidade. O acesso à informação e o debate são importantes”, avalia.
Na América Latina, bons exemplos de mediação de conflitos nas escolas podem ser observados na Argentina. Por lá, as escolas interessadas aderem aos programas e se preparam para aplicar as estratégias. “O colégio escolhe alunos para serem líderes. São eles que mediam os conflitos entre os pares e não os professores e a direção”, explica Ana Leite.
Os efeitos são de longo e de médio prazo. Para traçar planos de trabalho é importante observar os indicadores de qualidade da escola, o interesse dos atores envolvidos, contar com a parceria das Secretarias de Educação, ter um acompanhamento adequado. Ou seja, cada caso é um caso.
Novas questões começam a interferir no dia a dia das escolas e a levantar outras discriminações. “Hoje temos a questão do gênero, por exemplo. As meninas estão se envolvendo muito mais em brigas e disputas fora da escola. Tudo por causa da questão do ‘ficar’, dos namoradinhos. É claro que essa questão da violência não chega até a sala de aula. Ela aparece de uma maneira mais sutil, com os boatos, por exemplo. Existem alunos que deixam de merendar para não entrarem em conflito com quem os ameaçam”, afirma Ana Leite. O crime organizado também aparece pelos corredores da escola. “Vários alunos evitam dizer onde moram por questões do crime organizado. Muitos estudantes são de comunidades rivais”, continua a pesquisadora.
Cidadania
Aprender a lidar com as diferenças é o primeiro passo para a formação de bons cidadãos. Por isso o papel da escola é tão importante. “Todos ganham quando a diversidade é discutida no ambiente escolar. O debate contribui para a formação de jovens mais conscientes, que estão atentos ao outro, àquele que está ao seu lado. Quando as pessoas passam a se conhecer, as diferenças deixam de ser motivo de conflitos”, conclui Ana Leite.
Ana Leite
FONTE: Conexão Professor
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra
O dia da consciência negra é uma forma de lembrar o sofrimento dos negros ao longo da história, desde a época da colonização do Brasil, tentando garantir seus direitos sociais.
Hoje temos várias leis que defendem esses direitos, como a de cotas nas universidades, pois acredita-se que, em razão dos negros terem sido marginalizados após o período de escravidão, não conseguiram conquistar os mesmos espaços de trabalho que o homem branco.
Na época da escravidão os negros não tinham direito ao estudo ou a aprender outros tipos de trabalho que não fossem os braçais, ficando presos a esse tipo de tarefa.
Muitos deles, estando libertos, continuaram na mesma vida por não ter condições de se sustentar.
O dia da consciência negra também é marcado pela luta contra o preconceito racial, contra a inferioridade da classe perante a sociedade, além de temas como mercado de trabalho, discriminação política, moda e beleza negra, etnias, homenagens a negros que se destacaram.
Além desses assuntos, enfatizam sobre o respeito enquanto pessoas humanas, além de discutirem e trabalharem para conscientizar as pessoas da importância da raça negra e de sua cultura na formação do povo brasileiro e da cultura do nosso país.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Zumbi, símbolo da
resistência negra
Vinte de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra. A data - transformada em Dia Nacional da Consciência Negra pelo Movimento Negro Unificado em 1978 - não foi escolhida ao acaso, e sim como homenagem a Zumbi, líder máximo do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência negra, assassinado em 20 de novembro de 1695.
O Quilombo dos Palmares foi fundado no ano de 1597, por cerca de 40 escravos foragidos de um engenho situado em terras pernambucanas. Em pouco tempo, a organização dos fundadores fez com que o quilombo se tornasse uma verdadeira cidade. Os negros que escapavam da lida e dos ferros não pensavam duas vezes: o destino era o tal quilombo cheio de palmeiras.
Com a chegada de mais e mais pessoas, inclusive índios e brancos foragidos, formaram-se os mocambos, que funcionavam como vilas. O mocambo do macaco, localizado na Serra da Barriga, era a sede administrativa do povo quilombola. Um negro chamado Ganga Zumba foi o primeiro rei do Quilombo dos Palmares.
Alguns anos após a sua fundação,o Quilombo dos Palmares foi invadido por uma expedição bandeirante. Muitos habitantes, inclusive crianças, foram degolados. Um recém-nascido foi levado pelos invasores e entregue como presente a Antônio Melo, um padre da vila de Recife.
O menino, batizado pelo padre com o nome de Francisco, foi criado e educado pelo religioso, que lhe ensinou a ler e escrever, além de lhe dar noções de latim, e o iniciar no estudo da Bíblia. Aos 12 anos o menino era coroinha. Entretanto, a população local não aprovava a atitude do pároco, que criava o negrinho como filho, e não como servo.
Apesar do carinho que sentia pelo seu pai adotivo, Francisco não se conformava em ser tratado de forma diferente por causa de sua cor. E sofria muito vendo seus irmãos de raça sendo humilhados e mortos nos engenhos e praças públicas. Por isso, quando completou 15 anos, o franzino Francisco fugiu e foi em busca do seu lugar de origem, o Quilombo dos Palmares.
Após caminhar cerca de 132 quilômetros, o garoto chegou à Serra da Barriga. Como era de costume nos quilombos, recebeu uma família e um novo nome. Agora, Francisco era Zumbi. Com os conhecimentos repassados pelo padre, Zumbi logo superou seus irmãos em inteligência e coragem. Aos 17 anos tornou-se general de armas do quilombo, uma espécie de ministro de guerra nos dias de hoje.
Com a queda do rei Ganga Zumba, morto após acreditar num pacto de paz com os senhores de engenho, Zumbi assumiu o posto de rei e levou a luta pela liberdade até o final de seus dias. Com o extermínio do Quilombo dos Palmares pela expedição comandada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694, Zumbi fugiu junto a outros sobreviventes do massacre para a Serra de Dois Irmãos, então terra de Pernambuco.
Contudo, em 20 de novembro de 1695 Zumbi foi traído por um de seus principais comandantes, Antônio Soares, que trocou sua liberdade pela revelação do esconderijo. Zumbi foi então torturado e capturado. Jorge Velho matou o rei Zumbi e o decapitou, levando sua cabeça até a praça do Carmo, na cidade de Recife, onde ficou exposta por anos seguidos até sua completa decomposição.
“Deus da Guerra”, “Fantasma Imortal” ou “Morto Vivo”. Seja qual for a tradução correta do nome Zumbi, o seu significado para a história do Brasil e para o movimento negro é praticamente unânime: Zumbi dos Palmares é o maior ícone da resistência negra ao escravismo e de sua luta por liberdade. Os anos foram passando, mas o sonho de Zumbi permanece e sua história é contada com orgulho pelos habitantes da região onde o negro-rei pregou a liberdade.
Fontes: Dpnet.com.br
O Dia On-Line
Feranet21.com.br
14 de novembro - Dia Nacional da Alfabetização
Entrevista | José de Nicola
Segundo a Constituição Brasileira, no artigo 205:
“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
Não há desenvolvimento econômico e social sem educação: pesquisas mostram que a alfabetização constitui motor para a expansão econômica.
Existem diversos métodos para alfabetizar crianças, jovens e adultos. No Brasil, os mais utilizados são o método global e métodos tradicionais, como o alfabético-silábico e o fônico. Por outro lado, muitos alfabetizadores brasileiros, das redes pública ou privada, preferem a teoria do construtivismo como base para a alfabetização. Qual o melhor caminho para ensinar a ler e escrever?
Escolher um ou outro é uma opção cujo grau de dificuldade aumenta principalmente quando se depara com a enorme diversidade socioeconômica e cultural de um país como o Brasil.
Com as constantes mudanças na sociedade, com o fenômeno da globalização, das tecnologias da informação e da comunicação, os currículos escolares necessitam de revisão e atualização para refletirem as necessidades reais dos estudantes, de forma a viabilizar um aprendizado adequado a cada realidade.
Ed. Moderna – Quando podemos concluir que a criança está alfabetizada?
José De Nicola - Num conceito mais contemporâneo, podemos afirmar que o processo de alfabetização se inicia quando abrimos os olhos e vemos a luz pela primeira vez e se finda quando fechamos os olhos pela última vez. Seria necessário discutir as várias ‘alfabetizações’, que vão muito além da apropriação da escrita. Da mesma forma, teríamos de discutir os vários analfabetismos (por exemplo, o analfabetismo funcional).
Ed. Moderna – Como levar o estudante a ler e a produzir, com autonomia e proficiência, os diversos gêneros textuais?
José De Nicola -Na interação social, a leitura e a produção de textos estão intimamente ligadas num círculo vicioso: o texto é produzido para a leitura; a leitura é base fundamental para a produção de textos. Em ambos os casos temos práticas sociais, em que a construção de sentidos é a mediadora. Dessa forma, podemos afirmar que a produção de textos é o ponto de partida, e a leitura, de chegada: escrevemos/falamos para sermos lidos/ouvidos. Mas, ao mesmo tempo, a leitura é também ponto de partida, e a produção de textos, de chegada: lemos/ouvimos para refletir sobre o outro, sobre o mundo, e nos expressarmos escrevendo/falando.
A leitura, por um lado, é o ponto de chegada quando concretiza o processo comunicativo, atribuindo significados a um texto produzido. Por outro, é o ponto de partida para a produção de textos, pois por meio dela entramos em contato com os textos e, conseqüentemente, com variedade de conteúdos (culturas, áreas de conhecimento, informações em geral), variedade de gêneros textuais, variedade de registros e modalidades da língua.
O trabalho de produção e o de leitura de textos deve ser concomitante, apenas por momentos dissociados artificialmente por conta de uma apresentação mais didática. Tanto na formação do produtor de textos como na do leitor, devem ser trabalhados alguns pressupostos, com destaque para as noções de interlocutor, adequação, gêneros e tipos textuais.
Ed. Moderna – Os professores estão se preparando para a revolução digital da informação? Qual a sua opinião? Os currículos das escolas do Brasil estão atendendo às competências necessárias para que o estudante seja capaz de produzir e ler diferentes tipos de textos adequados a diferentes situações?
R: Num país com dimensões continentais e desigualdades gritantes, uma resposta única, homogênea, é sempre muito perigosa.
Ed. Moderna – Qual o papel do professor diante do panorama da globalização e do letramento digital, com todas as mudanças pelas quais a sociedade está passando?
José De Nicola - Há, na vida de todo educador, uma pergunta que julgamos vital: o que queremos que nosso aluno domine, que competências e habilidades queremos trabalhar? Logo seguida de outra, não menos importante: o que faremos e como faremos para que nosso aluno atinja este objetivo? Só a partir dessas respostas podemos definir conteúdos e estratégias.
Acreditamos que, no caso específico das aulas de Português (não estou me referindo às eventuais aulas de Informática, que têm por objetivo inserir o aluno no mundo tecnológico), todo professor se daria por feliz e realizado se seus alunos, ao concluírem o curso, fossem leitores/ouvintes atentos e competentes produtores de texto (tanto na modalidade oral como na escrita).
Por leitor/ouvinte atento entendemos aquele aluno capaz de estabelecer diálogos entre textos, perceber as diferentes relações sintáticas e semânticas (de causa e efeito, de oposição, de concessão, de condição etc.) e a natureza do texto (irônico, metafórico, satírico, filosófico etc.).
Por competente produtor de texto entendemos aquele aluno capaz de elaborar um texto adequado às mais diversas situações da vida cotidiana: uma carta, um relatório, uma exposição – oral ou escrita – de idéias etc. (sem confundir essas situações práticas com a produção de um texto literário).
Em outras palavras, é fundamental trabalhar dois eixos: a idéia e a expressão.
Trabalhar a idéia é levar o aluno a pensar o mundo, a posicionar-se diante dele e a assumir sua capacidade de transformá-lo. Para tanto, é preciso que ele faça uma “leitura de mundo”. E qual é o método mais eficaz para trabalhar leitura de mundo? Lendo, lendo, lendo; refletindo, discutindo, formulando hipóteses. Percebendo, em cada texto, a visão de mundo de seu autor. Ler muitos textos é acumular várias experiências, várias vivências. Só assim conseguimos formar nossa própria leitura de mundo. “Lemos para fazer perguntas”, já nos ensinava Franz Kafka.
Trabalhar a expressão é levar o aluno a perceber que a gramática sustenta o texto, organiza-o. É, também, levá-lo a perceber os diferentes recursos expressivos: a denotação e a conotação, as funções da linguagem, a sonoridade das palavras, a linguagem figurada etc.
Com esse trabalho, entendemos que se pode afastar, o quanto possível, o acaso (ou a desorganização, ou o trabalho não centrado num interesse específico de dizer algo) da produção de textos e introduzir a possibilidade de escolha (dos recursos significativos, da organização textual, do tipo de texto).
O que vai dito acima vale para um mundo globalizado, para um mundo “desglobalizado”, para um mundo tecnológico, digitalizado, com palavras que brilham numa tela de computador, para um mundo centrado no velho e tradicional papel (ou papiro) em que palavras são registradas a tinta. O desafio é formar um aluno que pense o objeto de conhecimento, em qualquer um dos mundos.
José de Nicola
José De Nicola nasceu em São Paulo, em 1947. É professor de literatura desde 1968, tendo lecionado em diversas escolas particulares de Ensino Médio e também em cursinhos preparatórios para exames vestibulares. Tem se dedicado à produção de livros didáticos para o ensino de Língua Portuguesa, Literatura Brasileira, Literatura Portuguesa e Redação.
MERCADO DE GRANDES NÚMEROS
O professor José De Nicola: 2 milhões de livros vendidos só em 2008
FONTE:http://literatura.moderna.com.br
Segundo a Constituição Brasileira, no artigo 205:
“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
Não há desenvolvimento econômico e social sem educação: pesquisas mostram que a alfabetização constitui motor para a expansão econômica.
Existem diversos métodos para alfabetizar crianças, jovens e adultos. No Brasil, os mais utilizados são o método global e métodos tradicionais, como o alfabético-silábico e o fônico. Por outro lado, muitos alfabetizadores brasileiros, das redes pública ou privada, preferem a teoria do construtivismo como base para a alfabetização. Qual o melhor caminho para ensinar a ler e escrever?
Escolher um ou outro é uma opção cujo grau de dificuldade aumenta principalmente quando se depara com a enorme diversidade socioeconômica e cultural de um país como o Brasil.
Com as constantes mudanças na sociedade, com o fenômeno da globalização, das tecnologias da informação e da comunicação, os currículos escolares necessitam de revisão e atualização para refletirem as necessidades reais dos estudantes, de forma a viabilizar um aprendizado adequado a cada realidade.
Ed. Moderna – Quando podemos concluir que a criança está alfabetizada?
José De Nicola - Num conceito mais contemporâneo, podemos afirmar que o processo de alfabetização se inicia quando abrimos os olhos e vemos a luz pela primeira vez e se finda quando fechamos os olhos pela última vez. Seria necessário discutir as várias ‘alfabetizações’, que vão muito além da apropriação da escrita. Da mesma forma, teríamos de discutir os vários analfabetismos (por exemplo, o analfabetismo funcional).
Ed. Moderna – Como levar o estudante a ler e a produzir, com autonomia e proficiência, os diversos gêneros textuais?
José De Nicola -Na interação social, a leitura e a produção de textos estão intimamente ligadas num círculo vicioso: o texto é produzido para a leitura; a leitura é base fundamental para a produção de textos. Em ambos os casos temos práticas sociais, em que a construção de sentidos é a mediadora. Dessa forma, podemos afirmar que a produção de textos é o ponto de partida, e a leitura, de chegada: escrevemos/falamos para sermos lidos/ouvidos. Mas, ao mesmo tempo, a leitura é também ponto de partida, e a produção de textos, de chegada: lemos/ouvimos para refletir sobre o outro, sobre o mundo, e nos expressarmos escrevendo/falando.
A leitura, por um lado, é o ponto de chegada quando concretiza o processo comunicativo, atribuindo significados a um texto produzido. Por outro, é o ponto de partida para a produção de textos, pois por meio dela entramos em contato com os textos e, conseqüentemente, com variedade de conteúdos (culturas, áreas de conhecimento, informações em geral), variedade de gêneros textuais, variedade de registros e modalidades da língua.
O trabalho de produção e o de leitura de textos deve ser concomitante, apenas por momentos dissociados artificialmente por conta de uma apresentação mais didática. Tanto na formação do produtor de textos como na do leitor, devem ser trabalhados alguns pressupostos, com destaque para as noções de interlocutor, adequação, gêneros e tipos textuais.
Ed. Moderna – Os professores estão se preparando para a revolução digital da informação? Qual a sua opinião? Os currículos das escolas do Brasil estão atendendo às competências necessárias para que o estudante seja capaz de produzir e ler diferentes tipos de textos adequados a diferentes situações?
R: Num país com dimensões continentais e desigualdades gritantes, uma resposta única, homogênea, é sempre muito perigosa.
Ed. Moderna – Qual o papel do professor diante do panorama da globalização e do letramento digital, com todas as mudanças pelas quais a sociedade está passando?
José De Nicola - Há, na vida de todo educador, uma pergunta que julgamos vital: o que queremos que nosso aluno domine, que competências e habilidades queremos trabalhar? Logo seguida de outra, não menos importante: o que faremos e como faremos para que nosso aluno atinja este objetivo? Só a partir dessas respostas podemos definir conteúdos e estratégias.
Acreditamos que, no caso específico das aulas de Português (não estou me referindo às eventuais aulas de Informática, que têm por objetivo inserir o aluno no mundo tecnológico), todo professor se daria por feliz e realizado se seus alunos, ao concluírem o curso, fossem leitores/ouvintes atentos e competentes produtores de texto (tanto na modalidade oral como na escrita).
Por leitor/ouvinte atento entendemos aquele aluno capaz de estabelecer diálogos entre textos, perceber as diferentes relações sintáticas e semânticas (de causa e efeito, de oposição, de concessão, de condição etc.) e a natureza do texto (irônico, metafórico, satírico, filosófico etc.).
Por competente produtor de texto entendemos aquele aluno capaz de elaborar um texto adequado às mais diversas situações da vida cotidiana: uma carta, um relatório, uma exposição – oral ou escrita – de idéias etc. (sem confundir essas situações práticas com a produção de um texto literário).
Em outras palavras, é fundamental trabalhar dois eixos: a idéia e a expressão.
Trabalhar a idéia é levar o aluno a pensar o mundo, a posicionar-se diante dele e a assumir sua capacidade de transformá-lo. Para tanto, é preciso que ele faça uma “leitura de mundo”. E qual é o método mais eficaz para trabalhar leitura de mundo? Lendo, lendo, lendo; refletindo, discutindo, formulando hipóteses. Percebendo, em cada texto, a visão de mundo de seu autor. Ler muitos textos é acumular várias experiências, várias vivências. Só assim conseguimos formar nossa própria leitura de mundo. “Lemos para fazer perguntas”, já nos ensinava Franz Kafka.
Trabalhar a expressão é levar o aluno a perceber que a gramática sustenta o texto, organiza-o. É, também, levá-lo a perceber os diferentes recursos expressivos: a denotação e a conotação, as funções da linguagem, a sonoridade das palavras, a linguagem figurada etc.
Com esse trabalho, entendemos que se pode afastar, o quanto possível, o acaso (ou a desorganização, ou o trabalho não centrado num interesse específico de dizer algo) da produção de textos e introduzir a possibilidade de escolha (dos recursos significativos, da organização textual, do tipo de texto).
O que vai dito acima vale para um mundo globalizado, para um mundo “desglobalizado”, para um mundo tecnológico, digitalizado, com palavras que brilham numa tela de computador, para um mundo centrado no velho e tradicional papel (ou papiro) em que palavras são registradas a tinta. O desafio é formar um aluno que pense o objeto de conhecimento, em qualquer um dos mundos.
José de Nicola
José De Nicola nasceu em São Paulo, em 1947. É professor de literatura desde 1968, tendo lecionado em diversas escolas particulares de Ensino Médio e também em cursinhos preparatórios para exames vestibulares. Tem se dedicado à produção de livros didáticos para o ensino de Língua Portuguesa, Literatura Brasileira, Literatura Portuguesa e Redação.
MERCADO DE GRANDES NÚMEROS
O professor José De Nicola: 2 milhões de livros vendidos só em 2008
FONTE:http://literatura.moderna.com.br
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Direitos das Crianças
18 DE NOVEMBRO- Dia do Conselheiro Tutelar
O que é conselho tutelar?
O Conselho Tutelar é um órgão público municipal de caráter autônomo e permanente, cuja função é zelar pelos direitos da infância e juventude, conforme os princípios estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Quem são os Conselheiros Tutelares?
São pessoas que têm o papel de porta-voz das suas respectivas comunidades, atuando junto a órgãos e entidades para assegurar os direitos das crianças e adolescentes. São eleitos 5 membros através do voto direto da comunidade, para mandato de 3 anos.
Conheça as principais atribuições do Conselho Tutelar
Atender às crianças e adolescentes que tiverem seus direitos ameaçados por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;por falta; omissão ou abuso dos pais ou responsáveis; ou em razão de sua conduta.
Receber a comunicação (obrigatória) dos casos de suspeita ou confirmação de maus tratos; de reiteradas faltas injustificadas ou de evasão escolar; após esgotados os recursos escolares; e de elevados níveis de repetência.
Requisitar o serviço social, previdência, trabalho e segurança, ao promover a execução de suas decisões.
Atender e aconselhar os pais e responsáveis, podendo aplicar algumas medidas, tais como encaminhamento a cursos ou programas de orientação e promoção a familia e tratamento especializado.
Assessorar a prefeitura na elaboração de propostas orçamentárias, com a finalidade de garantir planos e programas de atendimento integrado nas áreas de saúde, educação, cidadania, geração de trabalho e renda a favor da infância e juventude.
Encaminhar a notícia de fatos que constituem infração administrativa ou penal contra os direitos da criança e do adolescente. Incluir no programa de auxílio, orientação e tratamento de alcoólatras e toxicômanos.
FONTE:http://portal.prefeitura.sp.gov.br
15 DE NOVEMBRO- Dia da Proclamação da República
Deodoro da Fonseca: executor de uma mudança construída ao longo do tempo.
Proclamação da República
O processo histórico em que se desenvolveu o fim do regime monárquico brasileiro e a ascensão da ordem republicana no Brasil perpassa por uma série de transformações onde visualizamos a chegada dos militares ao poder. De fato, a proposta de um regime republicano já vivia uma longa história manifestada em diferentes revoltas onde a opção republicana dava seus primeiros sinais. Entre tantas tentativas de transformação, a Revolução Farroupilha (1835-1845) foi a última a levantar-se contra a monarquia.
Podemos destacar a importância do processo de industrialização e o crescimento da cafeicultura enquanto fatores de mudança sócio-econômica. As classes médias urbanas e os cafeicultores do Oeste paulista buscavam ampliar sua participação política através de uma nova forma de governo. Ao mesmo tempo, os militares que saíram vitoriosos da Guerra do Paraguai se aproximaram do pensamento positivista, defensor de um governo republicano centralizado.
Além dessa demanda por transformação política, devemos também destacar como a campanha abolicionista começou a divulgar uma forte propaganda contra o regime monárquico. Vários entusiastas da causa abolicionista relacionavam os entraves do desenvolvimento nacional às desigualdades de um tipo de relação de trabalho legitimado pelas mãos de Dom Pedro II. Dessa forma, o fim da monarquia era uma opção viável para muitos daqueles que combatiam a mão-de-obra escrava.
Até aqui podemos ver que os mais proeminentes intelectuais e mais importantes membros da elite agro-exportadora nacional não mais apoiavam a monarquia. Essa perda de sustentação política pode ser ainda explicada com as conseqüências de duas leis que merecem destaque. Em 1850, a lei Eusébio de Queiroz proibiu a tráfico de escravos, encarecendo o uso desse tipo de força de trabalho. Naquele mesmo ano, a Lei de Terras preservava a economia nas mãos dos grandes proprietários de terra.
O conjunto dessas transformações ganhou maior força a partir de 1870. Naquele ano, os republicanos se organizaram em um partido e publicaram suas idéias no Manifesto Republicano. Naquela altura, os militares se mobilizaram contra os poderes amplos do imperador e, pouco depois, a Igreja se voltou contra a monarquia depois de ter suas medidas contra a presença de maçons na Igreja anuladas pelos poderes concedidos ao rei.
No ano de 1888, a abolição da escravidão promovida pelas mãos da princesa Isabel deu o último suspiro à Monarquia Brasileira. O latifúndio e a sociedade escravista que justificavam a presença de um imperador enérgico e autoritário, não faziam mais sentido às novas feições da sociedade brasileira do século XIX. Os clubes republicanos já se espalhavam em todo o país e naquela mesma época diversos boatos davam conta sobre a intenção de Dom Pedro II em reconfigurar os quadros da Guarda Nacional.
A ameaça de deposição e mudança dentro do exército serviu de motivação suficiente para que o Marechal Deodoro da Fonseca agrupasse as tropas do Rio de Janeiro e invadisse o Ministério da Guerra. Segundo alguns relatos, os militares pretendiam inicialmente exigir somente a mudança do Ministro da Guerra. No entanto, a ameaça militar foi suficiente para dissolver o gabinete imperial e proclamar a República.
O golpe militar promovido em 15 de novembro de 1889 foi reafirmado com a proclamação civil de integrantes do Partido Republicano, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Ao contrário do que aparentou, a proclamação foi conseqüência de um governo que não mais possuía base de sustentação política e não contou com intensa participação popular. Conforme salientado pelo ministro Aristides Lobo, a proclamação ocorreu às vistas de um povo que assistiu tudo de forma bestializada.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Proclamação da República
O processo histórico em que se desenvolveu o fim do regime monárquico brasileiro e a ascensão da ordem republicana no Brasil perpassa por uma série de transformações onde visualizamos a chegada dos militares ao poder. De fato, a proposta de um regime republicano já vivia uma longa história manifestada em diferentes revoltas onde a opção republicana dava seus primeiros sinais. Entre tantas tentativas de transformação, a Revolução Farroupilha (1835-1845) foi a última a levantar-se contra a monarquia.
Podemos destacar a importância do processo de industrialização e o crescimento da cafeicultura enquanto fatores de mudança sócio-econômica. As classes médias urbanas e os cafeicultores do Oeste paulista buscavam ampliar sua participação política através de uma nova forma de governo. Ao mesmo tempo, os militares que saíram vitoriosos da Guerra do Paraguai se aproximaram do pensamento positivista, defensor de um governo republicano centralizado.
Além dessa demanda por transformação política, devemos também destacar como a campanha abolicionista começou a divulgar uma forte propaganda contra o regime monárquico. Vários entusiastas da causa abolicionista relacionavam os entraves do desenvolvimento nacional às desigualdades de um tipo de relação de trabalho legitimado pelas mãos de Dom Pedro II. Dessa forma, o fim da monarquia era uma opção viável para muitos daqueles que combatiam a mão-de-obra escrava.
Até aqui podemos ver que os mais proeminentes intelectuais e mais importantes membros da elite agro-exportadora nacional não mais apoiavam a monarquia. Essa perda de sustentação política pode ser ainda explicada com as conseqüências de duas leis que merecem destaque. Em 1850, a lei Eusébio de Queiroz proibiu a tráfico de escravos, encarecendo o uso desse tipo de força de trabalho. Naquele mesmo ano, a Lei de Terras preservava a economia nas mãos dos grandes proprietários de terra.
O conjunto dessas transformações ganhou maior força a partir de 1870. Naquele ano, os republicanos se organizaram em um partido e publicaram suas idéias no Manifesto Republicano. Naquela altura, os militares se mobilizaram contra os poderes amplos do imperador e, pouco depois, a Igreja se voltou contra a monarquia depois de ter suas medidas contra a presença de maçons na Igreja anuladas pelos poderes concedidos ao rei.
No ano de 1888, a abolição da escravidão promovida pelas mãos da princesa Isabel deu o último suspiro à Monarquia Brasileira. O latifúndio e a sociedade escravista que justificavam a presença de um imperador enérgico e autoritário, não faziam mais sentido às novas feições da sociedade brasileira do século XIX. Os clubes republicanos já se espalhavam em todo o país e naquela mesma época diversos boatos davam conta sobre a intenção de Dom Pedro II em reconfigurar os quadros da Guarda Nacional.
A ameaça de deposição e mudança dentro do exército serviu de motivação suficiente para que o Marechal Deodoro da Fonseca agrupasse as tropas do Rio de Janeiro e invadisse o Ministério da Guerra. Segundo alguns relatos, os militares pretendiam inicialmente exigir somente a mudança do Ministro da Guerra. No entanto, a ameaça militar foi suficiente para dissolver o gabinete imperial e proclamar a República.
O golpe militar promovido em 15 de novembro de 1889 foi reafirmado com a proclamação civil de integrantes do Partido Republicano, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Ao contrário do que aparentou, a proclamação foi conseqüência de um governo que não mais possuía base de sustentação política e não contou com intensa participação popular. Conforme salientado pelo ministro Aristides Lobo, a proclamação ocorreu às vistas de um povo que assistiu tudo de forma bestializada.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
17 DE NOVEMBRO- Dia da Criatividade
CRIATIVIDADE
O anjo que escolheu lhe visitar é o da Criatividade. Ele pede que você medite sobre sua mensagem:
"Muitos de vocês acreditam que a criatividade é algo alheio a suas vidas. Que só são criativos os grandes gênios. Mas eu lhe digo que a criatividade é um dom a ser exercido cotidianamente, por todos. Inclusive por você".
"Porque a criatividade é o presente divino que nos permite embelezar e enriquecer o nosso cotidiano e o de outras pessoas. Que faz com que nossa vida se torne mais colorida e mais viva".
"Deixe que esse dom invada seu cotidiano. Procure acrescentar aquele toque especial, que só você sabe dar, em cada uma das suas atividades - isso é criatividade. Você é como uma nota única, especial, perfeita, em uma sinfonia. Não deixe que a sinfonia careça dessa nota. Exerça sua criatividade".
"Se você não sabe como fazê-lo, comece por escrever seus sonhos todos os dias. Ou pare agora, e pense: se lhe fosse dado viver 10 vidas, exatamente da maneira que quisesse, o que você seria em cada uma delas? Agora, pare e pense: como colocar algo de uma dessas vidas na sua vida atual?
Para os seres humanos, a criatividade é um alimento essencial do espírito. Não deixe que seu espírito careça desse alimento. Encontre a sua forma única e preciosa de embelezar o mundo"
Aceite ser única. Aceite o presente da Criatividade".
Autor: (Desconhecido)
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
HISTÓRIA DO ENSINO NORMAL
Um pouco de História..
No Brasil Colônia, a fundação de escolas superiores era um papo ainda distante. Ali, somente o Governo Central – no caso, a Metrópole – podia cogitar tamanha façanha. Até que os tempos passaram e nada mudou exatamente... No Brasil Império e na República, só a cidade do Rio de Janeiro dispunha de condições para erguer uma universidade e, ainda assim, com grandes dificuldades. Mesmo os presidentes das Províncias não podiam arcar com as iniciativas, que exigiam recursos humanos, financeiros e culturais.
Em educação, o máximo que uma Província podia almejar era a criação de uma Escola Normal, que tinha por objetivo formar professores para atuarem no magistério de ensino primário (atual Ensino Fundamental) e era oferecido em cursos públicos de nível secundário (Ensino Médio). Foi aí que, em 1835, fundou-se a primeira dessas escolas, em Niterói, seguida, em 1842, por outra na Bahia. A embrionária tendência, no entanto, foi coroada pelo fracasso do ensino brasileiro, cuja qualidade deixava muito a desejar. Neste momento, escolas de Ensino Normal pipocavam em toda a parte. Nasciam e morriam quase no mesmo dia.
Desde então, o processo de criação de Escolas Normais no Brasil esteve marcado por diversos movimentos de afirmação e de reformulação, mas, ainda assim, atravessou a República e chegou aos anos 1940/50 como instituição pública símbolo de qualidade e formadora dos quadros docentes para o ensino primário em todo o país.
Estão chegando as normalistas...
As Escolas Normais desempenharam um papel ímpar na História da Instrução Feminina no Brasil. Silenciosas, elas arrancaram as mulheres de seu claustro, instruindo-as e delas fazendo as primeiras professoras do Brasil. Diante do gênero, uma nova chance surgia. Agora, além de capacitadas, eram capazes de trabalhar fora, de educar os próprios filhos e de se realizarem profissionalmente. Pela primeira vez a figura feminina estava cotada para o grau médio, fato jamais acontecido no país, ainda mais de maneira oficial e sistemática.
Sendo assim, as Escolas Normais criadas no século XIX, sob uma trajetória incerta e atribulada, fizeram a ponte natural para o ingresso da mulher no Ensino Superior e, mais tarde, em todas as esferas de atividade. Antes disso, somente as moças de famílias abastadas recebiam alguma instrução via tutores particulares. A partir de 1870, porém, o Ensino Normal consolidava-se com as ideias liberais de democratização e obrigatoriedade de instrução primária, bem como de liberdade de ensino.
Foto da Escola Normal em Cordeiro
Década de 60
Vestidas de azul e branco
Sapatos de boneca, saia pregueada batida na parte superior do joelho, luvas brancas, blusa com emblema do Estado do Rio e abotoaduras, gravata borboleta. O uniforme de gala anunciava a chegada da mais franca inocência. Quem nunca se encantou com o charme de uma normalista? Vestida de “Anos Dourados”, a recatada donzela viria a alimentar com esperanças um país que perseguia a passos largos a utopia do “progresso”.
E os ventos sopravam a seu favor. Em plena década de 50, a cidade do Rio de Janeiro, ainda capital da República, afirmava sua identidade como polo da cultura nacional. O espírito otimista, democrata e empreendedor de Juscelino Kubitschek, o “Presidente Bossa Nova”, estava presente em cada sorriso a estampar a Educação para o futuro. Os tempos eram de desenvolvimentismo, de crescimento econômico acelerado e, sobretudo, de entrega à escola pública de qualidade como meio de democratização e ascensão social.
Seduzido por essa mística, o espaço físico do Instituto de Educação do Rio de Janeiro (IERJ), fundado em 1932, na Tijuca, compunha a paisagem e a memória da cidade, com suas normalistas a povoar o imaginário popular por gerações a fio. A nobre função dessas missionárias do saber, filhas da classe abastada, mantinha-se em silêncio. Mas para todos os efeitos, a audácia era uma só: instruir com tradição a infância do país.
A construção deste ícone do romantismo progressista fez parte das manobras políticas “entre” regimes autoritários: o Estado Novo de Vargas e a ditadura militar implantada em 1964. A memória cristalizada que se edificou neste período funcionava como um verdadeiro oásis diante dos arbítrios experimentados no antes e no depois.
Durante os tais “Anos Dourados”, o auge para uma moça de família era ser normalista e se casar com um militar. A maquiagem deste sonho, porém, começou a ruir na medida em que se aproximava o dia em que a cidade perderia o status de capital da Nação.
Mas as razões para o declínio do curso de formação de professores do IERJ são mesmo atribuídas ao impacto negativo da reforma de ensino decretada pelo governo militar (Lei 5692/71), que conferindo ao curso uma feição profissionalizante, teria subtraído o glamour e a qualidade de ensino que caracterizavam a instituição. A promulgação desta lei coincidiu com a expansão da demanda por educação, em particular de nível superior, ligada às aspirações de ascensão social da classe média. Estes fatos teriam se refletido na queda de procura pelo Curso de Formação de professores oferecido pelas Escolas Normais, com evidente enfraquecimento dos critérios de seleção e da formação oferecida.
Um passo à frente
O Curso Normal, em função da própria legislação que ameaça invalidar sua existência, é hoje motivo para muita polêmica. Se, por um lado, seus algozes exigem o Diploma Superior como selo de qualidade profissional, por outro, o time de casa possui bons argumentos para não arredar o pé da Educação.
Segundo Benílson Sancho, diretor-adjunto e diretor de projetos da primeira Escola Normal da América Latina - o Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho (IEPIC) -, a formação do educador não pode mesmo se esgotar no Ensino Médio, mas eliminar essa etapa inicial compromete a qualificação lá na frente.
“Nós estamos convencidos de que a formação do professor em nível superior é essencial, mas o Ensino Médio Normal é um primeiro degrau neste processo. O normalista começa a tecer a discussão pedagógica mais cedo e, quando chega à faculdade, possui um diferencial para já alçar um voo maior”, defende o diretor.
“Como dizia Paulo Freire, ‘nós somos educadores educandos’ e o bom profissional está em contínuo aprendizado. Mas é importante entender também que o aluno que cursa o Ensino Médio regular e ingressa diretamente na Pedagogia fica com a formação defasada”, completa.
Portas abertas para o mundo
A Escola Normal não só desenvolve o senso crítico e o posicionamento do aluno diante do grupo, mas a própria prática em sala de aula amplia o seu repertório de possibilidades. O normalista costuma falar em público com muita naturalidade, articulando bem os pensamentos, por um único motivo: a força do hábito.
“Nós tivemos uma estagiária aqui no IEPIC que veio do curso de Psicologia, e ela tremia feito uma vara. Nós tivemos que acalmá-la. No Ensino Normal, como começamos a praticar desde o 2º ano, adquirimos experiência com crianças, metemos mesmo a cara e ralamos para elaborar uma proposta pedagógica criativa. É lógico que, na primeira aula, vamos ficar nervosos. A gente treme, gagueja muito, sem falar que estamos na frente de 30 alunos e a professora no fundo da sala avaliando. Mas quando chegamos à faculdade tudo parece bastante natural. Hoje tem estágio, então “vambora”! Você já tem o costume”, explica a aluna do 2º ano, Alessandra Gonçalves.
Ao que consta da admissão nos Institutos de Educação, a demanda pelo Curso Normal existe. Bem como o seu diferencial: jovens que completam a formação de professores em nível médio apresentam consciência pedagógica, além de uma postura mais madura perante a vida e o mercado de trabalho. Neste ponto, parece mesmo que a prática de estágios, monitorias e seminários, além de uma grade curricular diferenciada, auxiliam bastante. Mas, afinal, como fica o Instituto formador de gerações críticas e transformadoras da realidade? A pergunta está em aberto.
Para Sancho, o caminho dessas tradicionais instituições que formam milhares de professores de Ensino Fundamental todo o ano precisa ser discutido em parceria.
“Existe hoje uma demanda enorme de alunos em busca dessa formação, mas docentes, alunos, comunidade escolar e poder público precisam sentar juntos para discutir e buscar uma saída. Qual é o nosso futuro? Essa reposta precisa ser construída coletivamente. A gente está precisando sentar para discutir e encontrar um caminho”, sugere o educador.
Silenciosas diferenças
A nova ordem imprime um mundo livre de preconceitos. Mas ainda assim, quando o assunto é gênero, o Ensino Fundamental pouco avançou. Sobretudo na rede privada, sob o viés tradicional, em que a figura da “tia” ainda impera no consciente coletivo:
“Se uma menina apresenta o seu currículo na escola ‘x’, em dois, três meses está trabalhando. Agora, se eu chego na mesma instituição, vão me olhar assim com uma cara do tipo “poxa, você é homem”. Vão até aceitar o meu currículo, mas retornar não. O preconceito da sociedade ainda é muito grande diante do professor homem em educação infantil”, avalia Sandro Portella, que este ano conclui o Ensino Normal no IEPIC.
Em contrapartida, hoje, a escola que ousa pensar a Educação de uma forma mais contemporânea não trabalha mais dessa forma. A nova instituição entende que a formação escolar é feita de base humanística e disso a linha pedagógica do Ensino Normal entende bem.
“Eu acho que o preconceito da sociedade vive de continuidades e rupturas. Por isso, ainda que em transformação, esse é num processo que não se findou e que não vai se findar agora. Experimentamos um momento de mudanças de paradigmas e precisamos pensar a Educação feita por seres humanos. Estamos à frente de um processo de luta para a construção de uma nova realidade”, completa o diretor-adjunto do Instituto.
Além dos muros da escola
Como qualquer instituição que experimenta o peso da tradição, a Escola Normal é alvo de críticas e de projetos de reforma. Os próprios normalistas, apesar de ferrenhos defensores do sistema, anseiam por transformações: a questão dos quatro anos de curso, o preconceito do mercado, a defasagem curricular para o vestibular etc. Tudo isso é uma realidade a ser considerada e discutida, mas não se pode ignorar que se trata de uma proposta diferenciada.
À frente desta grande revolução na Educação, a Diretora Geral do Colégio Estadual Júlia Kubitschek, Sheila Guimarães, entende que é necessário suavizar algumas diferenças entre os cursos Regular e Normal para que o seu aluno possua as mesmas oportunidades de ingresso no vestibular. Entretanto, a educadora sublinha a real missão do Ensino Médio Normal.
“O Normal é um curso que forma professores para atuar nas primeiras séries do Ensino Fundamental. Nosso objetivo não é preparar para o vestibular, apesar de temos uma aprovação bastante boa nos exames, sobretudo nas áreas afins. A nossa proposta é preparar um professor”, explica a diretora.
Apesar de assumidamente Normal, os alunos que optam por um curso de formação de professores nem sempre têm essa consciência. Não têm, aliás, por uma série de questões... Uns ingressam no curso porque se imaginam num verdadeiro harém. Outras recebem o incentivo das mães ainda agarradas à tradição. Até o uniforme de gala causa furor e atrai a garotada! Sem contar que o nome do colégio pesa bastante na hora H. Bom, tem também aqueles que realmente sonham em se tornar educadores. E esses são os únicos que permanecem na jornada Normal até o fim.
“Tradicionalmente, a Escola Normal é referência em qualidade, sempre foi. Mas o jovem não sabe exatamente o que esta proposta de ensino significa. A própria terminologia Normal lhe é confusa. Normal para ele é normal. Ser normal. Não Normal sinônimo de formação de professores”, considera Sheila.
De acordo com a diretora, esta formação diferenciada é mais ampla e proporciona uma visão de mundo que o curso técnico não oferece. “O Ensino Médio Inovador apresenta um caminho que aproxima o estudante do mercado de trabalho, mas só o curso Normal lhe assegura uma base humanística e uma profissão. Em quatro anos, o aluno torna-se professor e está habilitado a lecionar”, conclui.
Enem: o grande trunfo de um normalista
O aluno de Escola Normal, muitas vezes, se sente em desvantagem com relação ao vestibulando do Ensino Médio regular, justamente pela lacuna que apresenta em disciplinas como Física e Química. A ideia é que o Novo Enem venha a reduzir essa diferença e que o normalista conquiste o seu espaço na disputada corrida por uma vaga no Ensino Superior.
“As disciplinas vão deixar de ser estanques, isoladas, vão deixar de priorizar informações muito técnicas para assumir uma visão mais geral, conectada à realidade. Aí, sem sombra de dúvida, o nosso aluno terá condições de competir de igual para igual. A exigência da Física, da Química e da Matemática não vai ser mais a fórmula, mas a leitura e interpretação de gráficos, tabelas, porcentagens e dos assuntos que estão em voga na mídia”, avalia Sheila.
O bonde do conhecimento
Para Elisabeth Cavalcanti, diretora-adjunta do C. E. Júlia Kubitschek, o grande desafio do professor hoje é pensar a Educação que provoque o aluno para a reflexão.
“Aquele planejamento de aula, que preparávamos para que o aluno concordasse com tudo, não tem mais sentido. O aluno atual possui outro padrão de comportamento: é muito falante e tem um poder mínimo de concentração em função das múltiplas tecnologias que o cercam. Ele consegue escutar música, estar na internet e fazer um trabalho sem grandes dificuldades. O verdadeiro desafio do educador é trabalhar com esse novo grupo que aí se aponta. As atividades propostas em sala de aula precisam ser ao mesmo tempo atraentes e instigantes. Não dá mais para exigir a mesmice que o aluno vai encontrar num ‘clic’ da internet”, destaca a diretora-adjunta.
Parece mesmo que a escola hoje precisa estar conectada ao mundo real e à sociedade do conhecimento. O apelo das novas mídias, a educação em rede e a facilidade de acesso 2.0 são tão expressivos que a escola não pode mais ficar de fora da tecnologia da informação.
“A escola tem que sair dos muros e tem que estar diretamente ligada, parceira dessas tecnologias. Senão vai ficar defasada, ficar de fora e perder o espaço. “Vai perder o bonde” como os alunos gostam de dizer”, brinca Sheila.
(FONTE: CONEXÃO PROFESSOR)
No Brasil Colônia, a fundação de escolas superiores era um papo ainda distante. Ali, somente o Governo Central – no caso, a Metrópole – podia cogitar tamanha façanha. Até que os tempos passaram e nada mudou exatamente... No Brasil Império e na República, só a cidade do Rio de Janeiro dispunha de condições para erguer uma universidade e, ainda assim, com grandes dificuldades. Mesmo os presidentes das Províncias não podiam arcar com as iniciativas, que exigiam recursos humanos, financeiros e culturais.
Em educação, o máximo que uma Província podia almejar era a criação de uma Escola Normal, que tinha por objetivo formar professores para atuarem no magistério de ensino primário (atual Ensino Fundamental) e era oferecido em cursos públicos de nível secundário (Ensino Médio). Foi aí que, em 1835, fundou-se a primeira dessas escolas, em Niterói, seguida, em 1842, por outra na Bahia. A embrionária tendência, no entanto, foi coroada pelo fracasso do ensino brasileiro, cuja qualidade deixava muito a desejar. Neste momento, escolas de Ensino Normal pipocavam em toda a parte. Nasciam e morriam quase no mesmo dia.
Desde então, o processo de criação de Escolas Normais no Brasil esteve marcado por diversos movimentos de afirmação e de reformulação, mas, ainda assim, atravessou a República e chegou aos anos 1940/50 como instituição pública símbolo de qualidade e formadora dos quadros docentes para o ensino primário em todo o país.
Estão chegando as normalistas...
As Escolas Normais desempenharam um papel ímpar na História da Instrução Feminina no Brasil. Silenciosas, elas arrancaram as mulheres de seu claustro, instruindo-as e delas fazendo as primeiras professoras do Brasil. Diante do gênero, uma nova chance surgia. Agora, além de capacitadas, eram capazes de trabalhar fora, de educar os próprios filhos e de se realizarem profissionalmente. Pela primeira vez a figura feminina estava cotada para o grau médio, fato jamais acontecido no país, ainda mais de maneira oficial e sistemática.
Sendo assim, as Escolas Normais criadas no século XIX, sob uma trajetória incerta e atribulada, fizeram a ponte natural para o ingresso da mulher no Ensino Superior e, mais tarde, em todas as esferas de atividade. Antes disso, somente as moças de famílias abastadas recebiam alguma instrução via tutores particulares. A partir de 1870, porém, o Ensino Normal consolidava-se com as ideias liberais de democratização e obrigatoriedade de instrução primária, bem como de liberdade de ensino.
Foto da Escola Normal em Cordeiro
Década de 60
Vestidas de azul e branco
Sapatos de boneca, saia pregueada batida na parte superior do joelho, luvas brancas, blusa com emblema do Estado do Rio e abotoaduras, gravata borboleta. O uniforme de gala anunciava a chegada da mais franca inocência. Quem nunca se encantou com o charme de uma normalista? Vestida de “Anos Dourados”, a recatada donzela viria a alimentar com esperanças um país que perseguia a passos largos a utopia do “progresso”.
E os ventos sopravam a seu favor. Em plena década de 50, a cidade do Rio de Janeiro, ainda capital da República, afirmava sua identidade como polo da cultura nacional. O espírito otimista, democrata e empreendedor de Juscelino Kubitschek, o “Presidente Bossa Nova”, estava presente em cada sorriso a estampar a Educação para o futuro. Os tempos eram de desenvolvimentismo, de crescimento econômico acelerado e, sobretudo, de entrega à escola pública de qualidade como meio de democratização e ascensão social.
Seduzido por essa mística, o espaço físico do Instituto de Educação do Rio de Janeiro (IERJ), fundado em 1932, na Tijuca, compunha a paisagem e a memória da cidade, com suas normalistas a povoar o imaginário popular por gerações a fio. A nobre função dessas missionárias do saber, filhas da classe abastada, mantinha-se em silêncio. Mas para todos os efeitos, a audácia era uma só: instruir com tradição a infância do país.
A construção deste ícone do romantismo progressista fez parte das manobras políticas “entre” regimes autoritários: o Estado Novo de Vargas e a ditadura militar implantada em 1964. A memória cristalizada que se edificou neste período funcionava como um verdadeiro oásis diante dos arbítrios experimentados no antes e no depois.
Durante os tais “Anos Dourados”, o auge para uma moça de família era ser normalista e se casar com um militar. A maquiagem deste sonho, porém, começou a ruir na medida em que se aproximava o dia em que a cidade perderia o status de capital da Nação.
Mas as razões para o declínio do curso de formação de professores do IERJ são mesmo atribuídas ao impacto negativo da reforma de ensino decretada pelo governo militar (Lei 5692/71), que conferindo ao curso uma feição profissionalizante, teria subtraído o glamour e a qualidade de ensino que caracterizavam a instituição. A promulgação desta lei coincidiu com a expansão da demanda por educação, em particular de nível superior, ligada às aspirações de ascensão social da classe média. Estes fatos teriam se refletido na queda de procura pelo Curso de Formação de professores oferecido pelas Escolas Normais, com evidente enfraquecimento dos critérios de seleção e da formação oferecida.
Um passo à frente
O Curso Normal, em função da própria legislação que ameaça invalidar sua existência, é hoje motivo para muita polêmica. Se, por um lado, seus algozes exigem o Diploma Superior como selo de qualidade profissional, por outro, o time de casa possui bons argumentos para não arredar o pé da Educação.
Segundo Benílson Sancho, diretor-adjunto e diretor de projetos da primeira Escola Normal da América Latina - o Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho (IEPIC) -, a formação do educador não pode mesmo se esgotar no Ensino Médio, mas eliminar essa etapa inicial compromete a qualificação lá na frente.
“Nós estamos convencidos de que a formação do professor em nível superior é essencial, mas o Ensino Médio Normal é um primeiro degrau neste processo. O normalista começa a tecer a discussão pedagógica mais cedo e, quando chega à faculdade, possui um diferencial para já alçar um voo maior”, defende o diretor.
“Como dizia Paulo Freire, ‘nós somos educadores educandos’ e o bom profissional está em contínuo aprendizado. Mas é importante entender também que o aluno que cursa o Ensino Médio regular e ingressa diretamente na Pedagogia fica com a formação defasada”, completa.
Portas abertas para o mundo
A Escola Normal não só desenvolve o senso crítico e o posicionamento do aluno diante do grupo, mas a própria prática em sala de aula amplia o seu repertório de possibilidades. O normalista costuma falar em público com muita naturalidade, articulando bem os pensamentos, por um único motivo: a força do hábito.
“Nós tivemos uma estagiária aqui no IEPIC que veio do curso de Psicologia, e ela tremia feito uma vara. Nós tivemos que acalmá-la. No Ensino Normal, como começamos a praticar desde o 2º ano, adquirimos experiência com crianças, metemos mesmo a cara e ralamos para elaborar uma proposta pedagógica criativa. É lógico que, na primeira aula, vamos ficar nervosos. A gente treme, gagueja muito, sem falar que estamos na frente de 30 alunos e a professora no fundo da sala avaliando. Mas quando chegamos à faculdade tudo parece bastante natural. Hoje tem estágio, então “vambora”! Você já tem o costume”, explica a aluna do 2º ano, Alessandra Gonçalves.
Ao que consta da admissão nos Institutos de Educação, a demanda pelo Curso Normal existe. Bem como o seu diferencial: jovens que completam a formação de professores em nível médio apresentam consciência pedagógica, além de uma postura mais madura perante a vida e o mercado de trabalho. Neste ponto, parece mesmo que a prática de estágios, monitorias e seminários, além de uma grade curricular diferenciada, auxiliam bastante. Mas, afinal, como fica o Instituto formador de gerações críticas e transformadoras da realidade? A pergunta está em aberto.
Para Sancho, o caminho dessas tradicionais instituições que formam milhares de professores de Ensino Fundamental todo o ano precisa ser discutido em parceria.
“Existe hoje uma demanda enorme de alunos em busca dessa formação, mas docentes, alunos, comunidade escolar e poder público precisam sentar juntos para discutir e buscar uma saída. Qual é o nosso futuro? Essa reposta precisa ser construída coletivamente. A gente está precisando sentar para discutir e encontrar um caminho”, sugere o educador.
Silenciosas diferenças
A nova ordem imprime um mundo livre de preconceitos. Mas ainda assim, quando o assunto é gênero, o Ensino Fundamental pouco avançou. Sobretudo na rede privada, sob o viés tradicional, em que a figura da “tia” ainda impera no consciente coletivo:
“Se uma menina apresenta o seu currículo na escola ‘x’, em dois, três meses está trabalhando. Agora, se eu chego na mesma instituição, vão me olhar assim com uma cara do tipo “poxa, você é homem”. Vão até aceitar o meu currículo, mas retornar não. O preconceito da sociedade ainda é muito grande diante do professor homem em educação infantil”, avalia Sandro Portella, que este ano conclui o Ensino Normal no IEPIC.
Em contrapartida, hoje, a escola que ousa pensar a Educação de uma forma mais contemporânea não trabalha mais dessa forma. A nova instituição entende que a formação escolar é feita de base humanística e disso a linha pedagógica do Ensino Normal entende bem.
“Eu acho que o preconceito da sociedade vive de continuidades e rupturas. Por isso, ainda que em transformação, esse é num processo que não se findou e que não vai se findar agora. Experimentamos um momento de mudanças de paradigmas e precisamos pensar a Educação feita por seres humanos. Estamos à frente de um processo de luta para a construção de uma nova realidade”, completa o diretor-adjunto do Instituto.
Além dos muros da escola
Como qualquer instituição que experimenta o peso da tradição, a Escola Normal é alvo de críticas e de projetos de reforma. Os próprios normalistas, apesar de ferrenhos defensores do sistema, anseiam por transformações: a questão dos quatro anos de curso, o preconceito do mercado, a defasagem curricular para o vestibular etc. Tudo isso é uma realidade a ser considerada e discutida, mas não se pode ignorar que se trata de uma proposta diferenciada.
À frente desta grande revolução na Educação, a Diretora Geral do Colégio Estadual Júlia Kubitschek, Sheila Guimarães, entende que é necessário suavizar algumas diferenças entre os cursos Regular e Normal para que o seu aluno possua as mesmas oportunidades de ingresso no vestibular. Entretanto, a educadora sublinha a real missão do Ensino Médio Normal.
“O Normal é um curso que forma professores para atuar nas primeiras séries do Ensino Fundamental. Nosso objetivo não é preparar para o vestibular, apesar de temos uma aprovação bastante boa nos exames, sobretudo nas áreas afins. A nossa proposta é preparar um professor”, explica a diretora.
Apesar de assumidamente Normal, os alunos que optam por um curso de formação de professores nem sempre têm essa consciência. Não têm, aliás, por uma série de questões... Uns ingressam no curso porque se imaginam num verdadeiro harém. Outras recebem o incentivo das mães ainda agarradas à tradição. Até o uniforme de gala causa furor e atrai a garotada! Sem contar que o nome do colégio pesa bastante na hora H. Bom, tem também aqueles que realmente sonham em se tornar educadores. E esses são os únicos que permanecem na jornada Normal até o fim.
“Tradicionalmente, a Escola Normal é referência em qualidade, sempre foi. Mas o jovem não sabe exatamente o que esta proposta de ensino significa. A própria terminologia Normal lhe é confusa. Normal para ele é normal. Ser normal. Não Normal sinônimo de formação de professores”, considera Sheila.
De acordo com a diretora, esta formação diferenciada é mais ampla e proporciona uma visão de mundo que o curso técnico não oferece. “O Ensino Médio Inovador apresenta um caminho que aproxima o estudante do mercado de trabalho, mas só o curso Normal lhe assegura uma base humanística e uma profissão. Em quatro anos, o aluno torna-se professor e está habilitado a lecionar”, conclui.
Enem: o grande trunfo de um normalista
O aluno de Escola Normal, muitas vezes, se sente em desvantagem com relação ao vestibulando do Ensino Médio regular, justamente pela lacuna que apresenta em disciplinas como Física e Química. A ideia é que o Novo Enem venha a reduzir essa diferença e que o normalista conquiste o seu espaço na disputada corrida por uma vaga no Ensino Superior.
“As disciplinas vão deixar de ser estanques, isoladas, vão deixar de priorizar informações muito técnicas para assumir uma visão mais geral, conectada à realidade. Aí, sem sombra de dúvida, o nosso aluno terá condições de competir de igual para igual. A exigência da Física, da Química e da Matemática não vai ser mais a fórmula, mas a leitura e interpretação de gráficos, tabelas, porcentagens e dos assuntos que estão em voga na mídia”, avalia Sheila.
O bonde do conhecimento
Para Elisabeth Cavalcanti, diretora-adjunta do C. E. Júlia Kubitschek, o grande desafio do professor hoje é pensar a Educação que provoque o aluno para a reflexão.
“Aquele planejamento de aula, que preparávamos para que o aluno concordasse com tudo, não tem mais sentido. O aluno atual possui outro padrão de comportamento: é muito falante e tem um poder mínimo de concentração em função das múltiplas tecnologias que o cercam. Ele consegue escutar música, estar na internet e fazer um trabalho sem grandes dificuldades. O verdadeiro desafio do educador é trabalhar com esse novo grupo que aí se aponta. As atividades propostas em sala de aula precisam ser ao mesmo tempo atraentes e instigantes. Não dá mais para exigir a mesmice que o aluno vai encontrar num ‘clic’ da internet”, destaca a diretora-adjunta.
Parece mesmo que a escola hoje precisa estar conectada ao mundo real e à sociedade do conhecimento. O apelo das novas mídias, a educação em rede e a facilidade de acesso 2.0 são tão expressivos que a escola não pode mais ficar de fora da tecnologia da informação.
“A escola tem que sair dos muros e tem que estar diretamente ligada, parceira dessas tecnologias. Senão vai ficar defasada, ficar de fora e perder o espaço. “Vai perder o bonde” como os alunos gostam de dizer”, brinca Sheila.
(FONTE: CONEXÃO PROFESSOR)
domingo, 1 de novembro de 2009
O VIRTUAL E O REAL
Estamos vivendo um período em que dois mundos se confundem: o virtual e o real.
Muitas pessoas, especialmente jovens, adolescentes e crianças, dedicam horas do seu dia no mundo virtual.
Por falta de alguém que lhes oriente ou lhes faça companhia no mundo real, buscam suprir essa carência na Internet.
Batem longos papos... virtuais. Olhos nos olhos? Não. Talvez nem se conheçam.
Trocam abraços apertados, mas não sentem o calor humano.
Enviam flores... virtuais. Sem perfume, sem textura, sem graça...
É um mundo atraente, porque oferece uma grande variedade de opções e exige esforço mínimo.
Nesse mundo, gastam horas e horas sem perceber que o tempo passou.
Sentam-se confortavelmente diante de um microcomputador e viajam pelo mundo... sem sair de casa.
Não é preciso enfrentar problemas no trânsito, nem pagar passagem, nem sofrer com a chuva, com o calor ou o frio.
Muitos entram pelas portas desse fascinante mundo virtual em plena luz do sol e só se dão conta que já raiou um novo dia quando o sono avisa que a madrugada chegou.
Nesse mundo em que amigos imaginários se encontram, pouco importa a realidade de uns e de outros.
Eles não se conhecem, ou se conhecem pouco, mas trocam inúmeras informações, nem sempre verdadeiras, pois isso não tem tanta importância.
Vivem intensamente esse mundo, onde a imaginação tem asas...
Onde se pode fazer o que se deseja sem que ninguém saiba. Conectar-se com os mais variados assuntos e obter prazeres imaginários.
Poderíamos até dizer que para alguns esse mundo virtual é mais fascinante que a realidade.
Mas será que o uso desmedido desse recurso não está nos tornando insensíveis, falsos, viciados, promíscuos?
Será que não estamos navegando em águas sombrias e perigosas?
A Internet é um avanço importante para facilitar nossa vida e abrir novas portas de comunicação e integração entre criaturas.
No entanto, não surgiu para que fechemos a porta do mundo real.
Não surgiu para que evitemos o contato físico com nossos familiares, nossos vizinhos e amigos.
O mundo virtual, por mais atraente que seja, não tem calor, nem perfume, não tem a vibração da natureza, nem o brilho do sol.
É um mundo onde tudo é válido... Mas nem tudo é verdade.
Sem o contato pessoal não se pode perceber o apoio num sorriso, a compaixão num olhar, o calor de um aperto de mão, nem a docilidade de um gesto de ternura.
Quem se isola no mundo virtual acaba perdendo a sensibilidade e desenvolvendo a indiferença diante dos acontecimentos reais.
A Internet surgiu para abrir novas possibilidades em nossas vidas, e não para que nos isolemos em casa, fugindo da realidade para viver da imaginação.
Nossa caixa de mensagens pode estar abarrotada de beijos, abraços, bom dia e boa noite, feliz aniversário e outras felicitações... Virtuais.
Isso tudo pode ser deletado com apenas um clique ou com um defeito qualquer na máquina.
Mas quando um abraço aproxima dois corações e uma voz deseja um bom dia com convicção, os registros ficam gravados na alma, onde nada, nem ninguém, pode apagar.
Por todas essas razões, abra as portas e as janelas para que o sol penetre em sua vida.
Note os vizinhos... Eles podem estar precisando de alguém que lhes diga: “olá! Tenha um bom dia!”
Ouça o choro ou a gargalhada de seus irmãos. Eles são reais e não estão no mesmo lar que você por acaso.
Não se tranque em seu mundo virtual.
Sinta o perfume das flores...
Ouça o canto dos pássaros...
Ande na areia e deixe a espuma das ondas tocar seus pés...
Vivendo intensamente o mundo real, você perceberá que o mundo virtual terá outro significado em sua vida.
Um significado mais belo e mais abrangente.
Deixará de ser fim para ser um excelente meio de progresso.
Pense nisso!
(FONTE: http://almadeeducador.blogspot.com)
Ser professor
"É despertar a magia do saber é abrir caminhos de esperança
desvendar o mistério do cálculo da fala e da escrita.
É criar o real desejo de ser.
É promover o saber universal especializar políticos,
médicos, cientistas, técnicos, administradores, artistas...
É participar profundamente do crescimento social...
É trabalhar em grande mutirão lançando as primeiras bases
que transformarão idéias em projetos executados em terra
firme ou em imensidão.
É não se dar conta da amplitude de um trabalho que é missão
mover o mundo através do operário ou presidente
que um dia passou por sua mão."
A nossa escola homenageou, no mês de outubro, não só os professores ativos, como também os inativos, homenageou os professores e funcionários que trabalham nos diferentes setores da escola, mostrando que a educação não acontece somente em sala de aula, mas em todos os pontos e a todo instante.
desvendar o mistério do cálculo da fala e da escrita.
É criar o real desejo de ser.
É promover o saber universal especializar políticos,
médicos, cientistas, técnicos, administradores, artistas...
É participar profundamente do crescimento social...
É trabalhar em grande mutirão lançando as primeiras bases
que transformarão idéias em projetos executados em terra
firme ou em imensidão.
É não se dar conta da amplitude de um trabalho que é missão
mover o mundo através do operário ou presidente
que um dia passou por sua mão."
A nossa escola homenageou, no mês de outubro, não só os professores ativos, como também os inativos, homenageou os professores e funcionários que trabalham nos diferentes setores da escola, mostrando que a educação não acontece somente em sala de aula, mas em todos os pontos e a todo instante.
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