domingo, 17 de outubro de 2010

O professor pesquisador

Stella Maris Bortoni-Ricardo


No começo dos anos 1980, dois aspectos na didática de sala de aula ganharam relevância, especialmente em países industrializados: a interação professor-aluno e a qualidade do processo de aprendizagem. Essas duas tendências motivaram os professores a criar o hábito de investigar o seu próprio trabalho, visando identificar a melhor forma de apresentar um assunto ou tópico em sala de aula e acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos. Eles começaram por investigar suas turmas e a trocar experiências com os colegas, o que lhes permitiu identificarem achados equivalentes ou contraditórios. À medida que aprofundavam essa experiência, começaram a desenvolver pesquisas experimentais e a escrever monografias e estudos de caso, em que descreviam seus procedimentos. Surgia assim a ênfase na figura do professor pesquisador, cujos trabalhos têm trazido contribuições para um melhor entendimento do processo de ensino-aprendizagem.

O professor pesquisador não se vê apenas como um usuário de conhecimento produzido por outros pesquisadores, mas se propõe também a produzir conhecimentos sobre seus problemas profissionais de forma a melhorar sua prática. O que distingue um professor pesquisador dos demais professores é o seu compromisso de refletir sobre suas atividades, buscando reforçar e desenvolver aspectos positivos e superar deficiências. Para isso, ele está aberto a novas ideias e estratégias.

Uma forma de conduzir essa pesquisa é escrever um diário no qual é possível fazer anotações entre uma atividade e outra sem que isso tome muito tempo. A produção de um diário de pesquisa varia muito de pessoa para pessoa, mas a literatura especializada traz sugestões para o conteúdo de diários dessa natureza. Os textos mais comuns que são incorporados aos diários são descritivos de experiências que o professor deseja registrar antes que se esqueça de detalhes importantes. Sequências descritivas nos diários contêm narrativas de atividades, descrições de eventos, reproduções de diálogos, informações sobre gestos, entoação e expressões faciais. Esses detalhes podem ser muito importantes. Falas do próprio professor ou dos alunos devem ser reproduzidas o mais fielmente possível.

Além das sequências descritivas, constam também dos diários as sequências interpretativas, que contêm avaliações e reflexões preliminares, ou seja, elementos que vão permitir ao autor desenvolver uma teoria sobre a ação que está interpretando.

Uma grande vantagem do trabalho do professor pesquisador é que ele resulta em uma “teoria prática”, ou seja, em conhecimento que pode influenciar as suas ações práticas, permitindo uma operacionalização da relação ação-reflexão-ação.

FONTE:
www.unb.br

Vale a pena entrar neste site da Universidade de Brasília e pesquisar:

ALIMENTAÇÃO NO CAMPUS:
www.unb.br/servicos/alimentacao_no_campus

OUTROS SERVIÇOS MO CAMPUS:
www.unb.br/servicos/outros_servicos_no_campus

MORADIA DE ESTUDANTE:
www.unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=71949

Interessante:

"Quem tem raiz é planta"

Para o diretor pedagógico do pré-vestibular Pódion, Ismael Xavier, o mais importante na hora de pensar em sair de casa é o desapego familiar. "Quando o jovem é muito apegado à família, fatalmente terá mais dificuldade quando estiver fora, sem apoio dos entes queridos, até para estudar e evoluir na universidade", alerta o educador. Segundo ele, os mais novos têm mais dificuldade de adaptação, porém nada que não possa ser superado. "O aluno que demora mais a passar no vestibular, já entra mais velho, mais amadurecido e valoriza mais a experiência."

Mas vale ter uma coisa em mente: "Quem tem raiz é planta", brinca Vinícius Miranda, diretor pedagógico da escola e do cursinho Olimpo. "A gente tem que ir até onde o mercado oferece uma proposta interessante", defende. Vinícius também enumera uma série de vantagens obtidas depois da mudança. "Ao lidar com gastos e novas tarefas, você ganha autonomia, maturidade, capacidade de resolver seus problemas. Além disso, estando numa universidade pública, dificilmente vai se deparar com um curso ruim."

Ele lembra, no entanto, que qualquer processo seletivo de universidade é sempre meritocrático. "O estudante não tem que ser adestrado para o vestibular e se preocupar com o formato das questões, se é certo e errado, se precisa somar itens ou as respostas são múltipla escolha. Ele tem que aprender o conteúdo para fazer qualquer prova", salienta.


Passo a passo

Saiba o que levar em conta ao decidir prestar vestibular em outras cidades:

# Escolha o curso que atenda melhor a especificidade do que você quer - pesquisa ou mercado de trabalho.

# Pesquise a universidade que tenha renome nacional - e até internacional - que se encaixa melhor em seus projetos. Verifique no site enade.inep.gov.br a classificação das instituições e o perfil de cada uma para definir qual delas é preferível.

# Selecione a cidade para onde pretende ir.

# Verifique o padrão do vestibular. Procure ler o edital, saber as condições necessárias, tipos de provas e locais de provas para verificar se será preciso deslocamento. Algumas universidades aplicam os exames em Brasília e outras na própria cidade da instituição.

# Busque provas antigas para resolver.

# Estude muito. De preferência, matricule-se em um cursinho de credibilidade no preparo. O melhor termômetro é o índice de aprovação de cada pré-vestibular na determinada universidade.

# "O curso não aprova ninguém. Quem se aprova é o candidato", diz Ismael. Siga todas as orientações e acredite no seu potencial.

# Se não passar de primeira, não desista. Seus concorrentes são do país todo. A aprovação é um projeto que dura, em média, dois anos.

# Sendo aprovado, procure saber onde é bom para morar. Vá à cidade e se informe junto ao diretório acadêmico da universidade sobre locais que alugam quartos, móveis etc.

# Junto com seus familiares, analise o ambiente em volta e as condições oferecidas no local, como serviços de internet, como é banheiro, se será preciso dividir quarto e banheiro.

# Prefira locais com transporte fácil, próximos a supermercados, farmácias e locais de consumo viáveis, pontos onde não haja muito problema de segurança pública.

# Se for morar com alguém, veja se há algum conhecido seu. Alguém com quem você tenha convivência. Isso facilita o processo de transição.

# Lembre-se também de que é importante ter um mínimo de privacidade, um lugar onde você possa estudar sem ninguém te atrapalhar.

# Aí é só entrar, estudar e fazer um bom curso. Aproveite todas as oportunidades possíveis. Conheça pessoas, envolva-se com projetos.
Isso ajuda a amenizar a saudade e conta muito no final do curso.

*As dicas são do diretor pedagógico da escola e do cursinho Olimpo, Vinícius Miranda, e do diretor pedagógico do pré-vestibular Pódion, Ismael Xavier.


Fonte: www.unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=71949



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