Dia 15 de outubro. Dia do Professor. Feriado nacional. Imagine que isto teve início no ano de 1827, quando foi criado um Decreto sobre Ensino Elementar no Brasil. O decreto determinava que todas as cidades deveriam ter suas escolas, seu ensino descentralizado, ministrando as principais disciplinas necessárias ao aprendizado. Em São Paulo, 120 anos depois, houve a primeira comemoração do Dia dos Professores. O sucesso da celebração foi tão grande que este dia passou a ser comemorado em outras cidades e em outros países. A partir de então, criou-se o Decreto nº 52.682/63 que declara, oficialmente, o dia 15 de outubro feriado escolar. Dia do Professor. Dia da Educação.
É curiosa a etimologia de ‘educar’. A palavra vem do latim - “educere” -, verbo composto do prefixo “ex”, que significa “fora” + “ducere”, que significa conduzir, levar. Literalmente, educar é ‘conduzir para fora’, ou seja, preparar o indivíduo para o mundo. Ajudá-lo a praticar, experimentar, desenvolver sua inteligência a fim de saber lidar com o novo e saber construir o novo.
Lembro-me da história de um pai que estava em casa, trabalhando em seu escritório quando, de repente, surge seu filhinho, querendo brincar. O pai, sem tempo para atender o garoto, pega um mapa mundi que havia sobre sua mesa, rasga-o dá ao menino e diz: - Filho, toma. Monte este mapa e quando terminar, volte aqui para a gente brincar. Fez isto, certo de que o garoto demoraria tempo suficiente para que ele, o pai, completasse seu trabalho. Qual não foi a sua surpresa, quando dez minutos depois, volta o menino com o mapa totalmente reconstruído! O pai, admirado, pergunta: - Como você conseguiu montar o mapa tão rápido? Ao que o menino responde: - Foi fácil, pai. Quando você estava cortando o papel eu reparei que atrás do mapa tinha um homem. Então, eu fui consertando o homem. E, quando acabei de consertar o homem, vi que eu tinha consertado o mundo.
Eis a tarefa do professor. Consertar o homem para consertar o mundo. Não é uma tarefa das mais fáceis, mas com certeza uma das mais dignas. Não há profissional que não tenha passado pelos bancos escolares. Falar em escola é falar em pessoas, é falar nas complexas dimensões do humano que precisam ser acolhidas pelo afetuoso olhar do professor na sua caminhada educacional em direção à formação dos alunos, desde a Educação Infantil até a Universidade. São espaços do humano: o respeito a si mesmo e ao outro, à vida, à natureza, às etnias, às culturas, às diferenças. Além disto, o conhecimento, a competência, a autoestima, o limite, a solidariedade, a convivência pacífica com o outro na prática social, a retidão, a ética, o afeto. São valores que precisam ser construídos com o mesmo apuro, precisão e delicadeza que tem um joalheiro ao lapidar, com arte, a pedra bruta que tem em mãos.
E as famílias, se conscientes da importância e da complexidade deste trabalho, ao escolherem uma escola para seus filhos têm, por obrigação, respeitar os professores e ensinar seus filhos a respeitarem-nos. A educação é o único alicerce capaz de sustentar uma estrutura econômico-social mais justa, mais humana, mais competente e com maior capacidade de reduzir a miséria e as desigualdades sociais. E o professor é a viga mestra que sustém esta estrutura. Valorizá-lo é a única forma de se cumprir a premissa do menino: consertar o homem para consertar o mundo.
O professor é o artesão do ensino: aquele que, com sabedoria, tem a arte nas mãos, na mente e no coração. Parabéns, professor, artesão na construção de uma sociedade mais justa, mais honesta, mais digna.A professora Marlene Salgado de Oliveira é mestre em Educação pela UFF, doutoranda em Educação pela UNED (Espanha) e membro de diversas organizações nacionais e internacionais.
É curiosa a etimologia de ‘educar’. A palavra vem do latim - “educere” -, verbo composto do prefixo “ex”, que significa “fora” + “ducere”, que significa conduzir, levar. Literalmente, educar é ‘conduzir para fora’, ou seja, preparar o indivíduo para o mundo. Ajudá-lo a praticar, experimentar, desenvolver sua inteligência a fim de saber lidar com o novo e saber construir o novo.
Lembro-me da história de um pai que estava em casa, trabalhando em seu escritório quando, de repente, surge seu filhinho, querendo brincar. O pai, sem tempo para atender o garoto, pega um mapa mundi que havia sobre sua mesa, rasga-o dá ao menino e diz: - Filho, toma. Monte este mapa e quando terminar, volte aqui para a gente brincar. Fez isto, certo de que o garoto demoraria tempo suficiente para que ele, o pai, completasse seu trabalho. Qual não foi a sua surpresa, quando dez minutos depois, volta o menino com o mapa totalmente reconstruído! O pai, admirado, pergunta: - Como você conseguiu montar o mapa tão rápido? Ao que o menino responde: - Foi fácil, pai. Quando você estava cortando o papel eu reparei que atrás do mapa tinha um homem. Então, eu fui consertando o homem. E, quando acabei de consertar o homem, vi que eu tinha consertado o mundo.
Eis a tarefa do professor. Consertar o homem para consertar o mundo. Não é uma tarefa das mais fáceis, mas com certeza uma das mais dignas. Não há profissional que não tenha passado pelos bancos escolares. Falar em escola é falar em pessoas, é falar nas complexas dimensões do humano que precisam ser acolhidas pelo afetuoso olhar do professor na sua caminhada educacional em direção à formação dos alunos, desde a Educação Infantil até a Universidade. São espaços do humano: o respeito a si mesmo e ao outro, à vida, à natureza, às etnias, às culturas, às diferenças. Além disto, o conhecimento, a competência, a autoestima, o limite, a solidariedade, a convivência pacífica com o outro na prática social, a retidão, a ética, o afeto. São valores que precisam ser construídos com o mesmo apuro, precisão e delicadeza que tem um joalheiro ao lapidar, com arte, a pedra bruta que tem em mãos.
E as famílias, se conscientes da importância e da complexidade deste trabalho, ao escolherem uma escola para seus filhos têm, por obrigação, respeitar os professores e ensinar seus filhos a respeitarem-nos. A educação é o único alicerce capaz de sustentar uma estrutura econômico-social mais justa, mais humana, mais competente e com maior capacidade de reduzir a miséria e as desigualdades sociais. E o professor é a viga mestra que sustém esta estrutura. Valorizá-lo é a única forma de se cumprir a premissa do menino: consertar o homem para consertar o mundo.
O professor é o artesão do ensino: aquele que, com sabedoria, tem a arte nas mãos, na mente e no coração. Parabéns, professor, artesão na construção de uma sociedade mais justa, mais honesta, mais digna.A professora Marlene Salgado de Oliveira é mestre em Educação pela UFF, doutoranda em Educação pela UNED (Espanha) e membro de diversas organizações nacionais e internacionais.
Artigo enviado por Professora Marlene Salgado de Oliveira 16/10/2010 18:37:14 recadodaprofessora@jornalsg.com.br
FONTE: www.osaogoncalo.com.br
O INSTITUTO DE EDUCAÇÃO INOCÊNCIO DE ANDRADE PARABENIZA A TODOS OS PROFESSORES E ALUNOS DO ENSINO NORMAL POR ESTE DIA DEDICADO À EDUCAÇÃO.
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