terça-feira, 31 de agosto de 2010

Reciclagem

Reciclagem de garrafas PET aumenta no Brasil

06/05/2010

No Brasil, a reciclagem de garrafas de politereflalato de etileno (PET) aumentou cerca de 20 vezes nos últimos 16 anos. Hoje, nosso país é o segundo maior reaproveitador de garrafas PET do mundo, atrás apenas do Japão, e recicla 253 mil toneladas do material. Esse número corresponde a um reaproveitamento de quase 55% de todas as garrafas PET no país. Tais dados foram divulgados no último censo realizado pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet).

Após a reciclagem, o material pode ser reaproveitado em brinquedos, utensílios domésticos como baldes e vassouras, objetos de decoração e até mesmo em roupas. Pode ser difícil de acreditar, mas o PET reciclado é capaz de gerar fibras que produzem um tecido forte e macio, que combinado com algodão deixa a roupa ainda mais confortável. Não é à toa que a indústria têxtil é o setor que mais utiliza a matéria-prima e absorveu no último ano 38% do volume de PET reutilizado, de acordo com o censo da Abipet.

Estima-se que as garrafas de politereflalato de etileno levem mais de 500 anos para se decompor na natureza. Neste contexto, a reciclagem evita a extração de novas matérias-primas das fontes naturais e economiza recursos utilizados durante a fabricação de produtos, como água e energia. Segundo a Abipet, a produção de resina através da reutilização do PET, por exemplo, consome apenas 3% da energia necessária para produzir resina virgem.

De acordo com a Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana), o PET é responsável por 1,4% do lixo urbano do Rio de Janeiro. Além de ser um material de difícil degradação em aterros sanitários, não pode ser transformado em adubo, o que torna a reciclagem a única alternativa para que esse material seja reaproveitado e não descartado na natureza.

Brasil ainda é importador de PET

Apesar do aumento da reciclagem do material no Brasil, o reaproveitamento ainda não satisfaz a demanda do país. Quase metade do PET reciclável ainda é deixado em lixões, aterros ou na natureza, o que nos faz importar o material usado de outros países para utilizar como matéria-prima.

Para mudar este quadro, é necessário que mais empresas e consumidores realizem ações de coleta seletiva e reciclagem do PET. A esperança está no desenvolvimento de programas de conscientização, que incentivem a participação da sociedade.

Atualmente, existe um projeto chamado Rota da Reciclagem, por exemplo, que disponibiliza um roteiro para que a população possa encontrar as iniciativas de reutilização de embalagens Tetra Pak (embalagens longa vida) mais próximas as suas residências. Ainda não existe prática semelhante em relação ao PET, mas ações desse tipo são boas ideias para que todos possam cooperar para um Brasil mais sustentável.


Fonte: Instituto Akatu e Abipet



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